Por um novo rumo na Saúde: A Ordem dos Médicos como parceiro estratégico
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A João de Deus, Presidente da Comissão Eleitoral Nacional, coube a abertura da cerimónia solene e o ato de conferir posse a Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos reeleito para o quadriénio 2025-2029. Nas palavras introdutórias, João de Deus enalteceu as qualidades de liderança de Carlos Cortes, convicto que a sua voz “será ouvida e respeitada pelos responsáveis pelas políticas de saúde”. Perante centenas de pessoas que se deslocaram à Ordem dos Médicos para assistir a esta cerimónia, Carlos Cortes deixou a promessa de “propostas concretas” para ajudar a saúde a ter um novo rumo, um rumo em que se invista numa carreira médica “sustentada na competência, no mérito e na equidade”, um rumo que invista na investigação e na formação. “Um rumo que promova políticas sustentáveis” e "que torne a saúde uma verdadeira prioridade nacional". A promessa de “uma ordem construtiva e agregadora”, em que o compromisso humanista e a dedicação absoluta à vida e ao próximo são parte do seu rumo. Num momento em que o país enfrenta desafios estruturais no setor da saúde - pressão crescente sobre os serviços do SNS, hospitais sobrecarregados por dívidas, centros de saúde a precisar de reestruturação, escassez de profissionais e necessidade urgente de reformas legislativas - torna-se essencial ouvir quem está no terreno e conhece profundamente a realidade clínica. É neste contexto que se destaca a reflexão de que “sem um SNS forte”, a equidade nunca passará de uma palavra sem concretização.
Numa palavra para a atualidade política, Carlos Cortes mencionou o anuncio da revisão da Lei de Bases da Saúde, “um processo decisivo em que a Ordem dos Médicos conta participar colocando a sua experiência e visão ao serviço de uma melhor legislação”. O representante máximo dos médicos afirmou a convicção da instituição em defender "sem cedências ou ambiguidades" que a nova Lei de Bases consagre princípios irrenunciáveis: a universalidade e equidade no acesso, a qualidade e segurança dos cuidados, a valorização dos médicos e a responsabilidade do Estado em promover um SNS eficiente e humano". “Seremos uma voz sem preconceitos ideológicos, independente e técnica, com visão humanista e clínica a aconselhar os legisladores, para que o novo enquadramento legal da saúde sirva verdadeiramente os interesses das pessoas e dos profissionais” e q+para que haja realmente “um novo rumo para a Saúde”.
Ana Paula Martins, Ministra da Saúde, presente na cerimónia enquadrou a sua relação com a Ordem dos Médicos: “defendemos sem reservas uma relação transparente e de respeito com todas as ordens profisisonais e com todos os seus dirigentes”, garantiu. Mesmo perante interpretações diferentes do presente, o importante é o percurso em conjunto de um caminho onde devemos “trabalhar permanentemente para ultrapassar as metas que já atingimos”. Sobre o relacionamento institucional, Ana Paula Martins frisou que será “uma relação tão mais forte quanto mais leal for”, o seu sucesso será o sucesso do SNS, do sistema de saúde e de todos os portugueses", concluiu.
Pode consultar aqui todas as edições da Revista da Ordem dos Médicos (ROM), publicação de atualidade onde damos frequentemente a conhecer exemplos de inovação, ética e humanismo dos nossos médicos.